A Eddy Merckx do Zé.
Na Velo Corvo adoramos bicicletas francesas antigas. Adoramos tanto as bicicletas antigas que queremos mantê-las na estrada durante muitos anos.

A maioria das bicicletas francesas são de facto muito bonitas. O problema começa quando começamos a olhar para os componentes. Não pelo facto de serem maus- e há até componentes franceses de excelente qualidade- mas pelo facto de simplesmente não aguentarem o desgaste dos anos e do dia a dia. Isto, claro, para a maior parte das bicicletas francesas de gama média/baixa.
As peças que se encaixam nesta categoria são geralmente as rodas e a transmissão. A queixa número um relativamente às rodas é que muitas das rodas antigas são de aço cromado. Para além de ser muito difícil mantê-las sem empenos, mesmo com raios novos, a parede de travagem é baixa e isso contribui para uma travagem mázinha. Os cubos são muitas vezes de flange alta, lindíssimos. Mas, claro, a fraqueza situa-se nos eixos, em especial no cubo de trás. Outro problema reside no facto da rosca do cubo de trás de um cubo francês ser incompatível com uma rosca de carretos modernos.

O que nos leva ao problema da transmissão. Não é que as transmissões francesas funcionem mal. Simplesmente, não oferecem uma mudança suficientemente leve para maior parte dos utilizadores de hoje em dia. Se calhar antigamente as pessoas gostavam de sofrer sempre que pedalavam!
As pedaleiras eram geralmente duplas (ou no caso dos mais valentes, simples) mas sempre com um numero de dentes demasiado grande para alguns dos nossos percursos. Os carretos, esses, mesmo na mudança mais leve, não possibilitam muitas vezes, um pedalar confortável.
Isto dito: as bicicletas francesas são excelentes, mas para ficarem aptas a um uso mais intensivo precisam de uma intervenção mais profunda.

O Zé apareceu na Velo Corvo com uma Eddy Merckx (feita pela Stardnord) lindíssima. Com uma cor daquelas que já não se fazem. Transmissão Simplex, pedaleira Solida, cubos Atom… Enfim, o habitual numa bicicleta Francesa!
Os problemas acima descritos existiam todos. Muito pesada ao pedalar, travagem má, rodas empenadas…
A solução passou então por:
-trocar as rodas por umas modernas mas discretas rodas com aros de alumínio (parede dupla e parede de travagem maquinada , com ilhós de reforço, raios de inox, 2mm e cubos selados, sendo o traseiro com cassete de 8 v) .
-Uma pedaleira tripla que deixa qualquer um preparado para subir e descer seja o que for.
-Uns carretos 11-32, para as desculpas ficarem em casa.
-Uns desviadores novos.
-E uma corrente nova, para tudo jogar certo.


Resultado? Uma bicicleta com estética antiga mas com recheio novo. Está pronta para qualquer passeio, curto ou longo e até uma viagem maior!