Introdução
Num anterior artigo, falei de uma bicicleta Motobecane que tinha para recuperar.
Esta motobecane é uma bicicleta francesa, produzida em massa, provavelmente durante os anos 60. É uma bicicleta simples, utilitária e sobretudo com uma qualidade estética invejável. Mas não agora, neste estado, pelo menos. A bicicleta chegou ás minhas mãos bastante mal tratada. Alguns componentes originais estavam ausentes e muitas das peças estavam cobertas de oxidação.

Podemos ver aqui a oxidação na zona aonde entra o espigão de selim, tubo superior e zona das ponteiras. Resumindo – vamos escolher uma cor nova!
Quando temos uma bicicleta nestas condições temos de fazer uma série de perguntas:
– quanto queremos gastar ( tempo e dinheiro)
– como iremos usar a bicicleta ( pequenos passeios, uso diário, grau de exigência, etc)
– manter componentes originais ou renovar a bicicleta, mantendo apenas o “esqueleto”
Neste caso específico, decidi que iria manter apenas o esqueleto ( quadro, garfo, avanço, guiador, espição de selim). Considerei o facto das rodas estarem já bastante estragadas, oxidação nos aros, cubos velhos e impossibilidade de montar mudanças recentes. Ao trocarmos as rodas, transmissão e travões, estamos basicamente a “actualizar” a bicicleta. Esta actualização terá uns toques retro, como veremos depois. A vantagem de seguirmos este caminho é termos uma bicicleta mais robusta e uma maior acessibilidade a material em 2a mão a baixos preços e ao mesmo tempo recentes.
Um ponto importante e prático a reter: nestas bicicletas antigas, é muito provável haverem parafusos calcinados. Geralmente consegue-se contornar estes problemas. Existem casos em que as peças calcinadas podem inviabilizar o resto da bicicleta, ou tornar mais difícil o seu restauro. Estou a falar do avanço e espigão de selim. Nesta bicicleta tive sorte pois tanto o espigão de selim como o avanço saíram bem.
A decisão de repintar e trocar muitas peças será de cada um. Se esta bicicleta estivesse em boas condições, nunca a iria decapar e pinta-la de novo. E manteria os componentes originais.
Próxima parte: pintura – decapar ou pintar por cima?
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