Alma

Comecei a mexer a sério em bicicletas aos 14 anos e pelos 17 já trabalhava numa loja de bicicletas.
Desde sempre, estive rodeado de dezenas de bicicletas. Umas não causam em mim grande impressão enquanto com outras crio uma relação. E essa relação traz com ela uma série de mitologias. Por exemplo. É mais do que sabido que quando se monta uma bicicleta especial, seja com peças novas ou velhas, a bicicleta tem de ficar a repousar uma noite sozinha depois de montada. Senão nada vai funcionar. Há explicação científica? Sim, poderá haver para algumas coisas. Mas gosto de pensar que é mesmo a bicicleta a ganhar alma. E quando mais tempo passar , quanto mais uso tiver, mais riscos e esfoladelas, mas “viva” será e mais alma terá. Porque a vivência da bicicleta é isso, histórias e memórias que levamos ao pedalar nela.

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